17 de julho de 2012

Sobre o adiamento da votação de salários em Viana


Ontem (16/07), na Câmara Municipal de Viana, o povo marcou presença para protestar contra o possível reajuste dos salários para vereadores, secretários e prefeito e vice-prefeito do município. A surpresa foi saber que os parlamentares preferiram deixar a votação para depois do recesso do Legislativo, em agosto. Caso fosse aprovado, a partir de 2013, o prefeito passaria a receber R$ 14.000 (atualmente  R$ 8.000) e os outros representantes ganhariam R$ 7.400 (atualmente R$ 4.953).


Foto: Maikon Linhaus

O vice-presidente da Câmara, Jeferson Souto Novaes (PSD), afirmou que o aumento é constitucional - a proposta representa um ajuste de 49,4% em relação aos 61% permitidos em lei - mas que foi preciso adiar a votação a fim de se ouvir a opinião de lideranças partidárias. Vale lembrar que Jefferson está como vereador desde 1997. Em abril de 2012, foi acusado de envolvimento em fraudes e desvios ocorridos na gestão do ex-prefeito José Luiz Pimentel Balestrero, juntamente com  Antônio Morais Firme (Tunico) e Almir Mattos, ambos do PSD. Porém, ele e Tunico conseguiram reverter a condenação e voltaram à seus postos na Câmara.

Foto: Maikon Linhaus

Mas por que motivo os líderes de partido não foram procurados antes da sessão? Será que a mesma foi decidida tão às pressas que não deu tempo, tanto quanto  a escolha de tirar o votação da pauta? Será que tem algo a ver com a mobilização dos populares no Facebook demonstrando sua indignação e repúdio ao aumento, principalmente nos grupos "Viana merece mais!" e "Viana sem censura!"?

E por último, por que não perguntaram aos vianenses presentes no local? Esses sim, poderiam esclarecer que nem tudo que é constitucional convém, principalmente quando não condiz com a situação e necessidades do município. Concluímos que a sociedade está aberta ao diálogo e à espera de esclarecimentos. Só não dá mais pra tentar tapar o Sol com a peneira.


Clique aqui para ver a reportagem da CBN.

Comentários
1 Comentários

Um comentário:

  1. E hoje eles, os parlamentares, voltam do recesso para votar o próprio aumento de salário!

    Vamos lá, comunidade! E vamos dizer não a este absurdo!

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